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Setor de PCHS e CGHS vai crescer 30% nos próximos três anos

Rio, 08/12/2021 – O mercado de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) do Brasil está fechando 2021 projetando crescimento de 30% nos próximos três anos sobre o parque gerador instalado atualmente, atingindo 8.132 megawatts (MW) em 2024, informou a Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch).

Estão em construção hoje no País 30 PCHs e 5 CGHs, investimentos de R$ 3,2 bilhões, que vão atender 1.018.293 residências com geração de 407 MW de energia. No caso das CGHs, o investimento é de R$ 116,9 milhões.

A Abrapch calcula que no longo prazo o Brasil tem potencial para construir 213 novas CGHs com capacidade de gerar 846 MW, e 1.048 PCHs com capacidade de 13.750 MW de energia, com obras totalmente nacionais, tanto em construção como em tecnologia.

Se forem viabilizados, esses projetos podem gerar mais de 1 milhão de novos empregos, segundo a associação, e somar cerca de R$110 bilhões de investimentos. A energia gerada seria capaz de abastecer mais de 42 milhões de residências.

Os Estados com maior potencial de instalação de novos projetos são Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará e Rio de Janeiro.

Para o presidente da Abrapch, Paulo Arbex, para que mais investimentos aconteçam “é preciso descomplicar o licenciamento ambiental das pequenas hidrelétricas”.

Segundo ele, o processo de licenciamento de pequenas hidrelétricas, 100% renováveis e de baixo impacto ambiental (a maioria deles reversíveis e/ou compensáveis), costumam demorar mais de 12 anos, enquanto a aprovação de térmicas fósseis gigantes, de danos ambientais infinitamente superiores e irreversíveis ocorra entre 1 e 2 anos, e com baixíssimas exigências de compensação.

O executivo admite que o governo tem aberto uma série de conversas para acelerar o setor, mas defende que isso precisa ser feito com mais rapidez. “Quando falamos em energia, estamos falando de crescimento econômico e geração de novos empregos já na construção de suas matrizes. Isso é fundamental para que o Brasil cresça”, disse Arbex.

De acordo com o executivo, a falta de novas hidrelétricas levou a uma contratação de térmicas fósseis a custos exorbitantes de até R$2.500/MWh durante a crise hídrica, quando o sistema elétrico poderia ser atendido a mesma necessidade com hidrelétricas entre R$250/MWh e R$320/MWh e danos ambientais infinitamente menores e reversíveis.

“Estamos pagando até 10 vezes mais pela energia fóssil que emite 115 vezes mais gases de efeito estufa e tem inúmeros outros danos ambientais ainda maiores que as emissões em si”, afirmou Arbex.

Fonte: AE NEWS Por Denise Luna
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